O poeta que fala de amor: meu compasso descompassado
Musa
Dia e noite
Ao entardecer transforma-se
Quem diria que mesmo as estrelas poderiam chocar-se
Com tanta beleza
Meu mundo
O submundo distorcido
Contorcido entre amor e sexo
Deusa
Delineando a manhã fria do poeta
Esse, romântico em essência
Não sabe parar
Quem, na verdade, decidiu o fim?
O mistério
O desvendar de um único olhar
Não cessa...
As palavras jorram
Assim como seu gozo em meus dedos
Eu vou contornando as formas
Formando um retrato
Que nem nas noites mais escuras
Deixará de existir
Vou desconstruindo a poesia
Afim de construir o que nem sei
O sentir
Coração batendo
Descompassado, em seu compasso desajeitado.