Efêmero
A amada vida serena,
a relva da vontade sedenta,
a dor daquele ar mórbido e duvidoso,
por parte da paixão nebulosa,
almeja a destemida pena.
Súbito desejo de calar a boca,
suspeito momento moderno,
a dúvida posta à prova,
o choro desaba ardente e sincero
sem som de confronto eterno.
A luz do dia desperta,
ao raio de sol revigorante,
nasce a nova vontade ousada,
pertencente à ânsia do futuro vigente,
tempo incerto, dor terminada, caso aberto.