VADIANDO

Pelo fato de andar em lugares pensando só lhe pertencer,
Entra em recolhimento, pensa se garantir das emoções.
Fala não ser bem assim, pois amou demais, não valeu.
Mostra-se invejável com grande poder, nem sabe como.

Quer vadiar, então vem comigo, descobrir juntos,
Os segredos tão escondidos na intimidade desejo.
Enrolemos corpos nas vadiagens momentâneas.
Vadiar por vadiar, não, faremos carinho no lambe tudo.

Na hora exata do prazer, só vadiando do jeito que gosta.
Morder orelha gostosa, cheirosa, excitante por prazer.
Existe gosto para tudo, o nosso é por ser diferente demais.
Em lugar sem tumulto, fechado sem incomodar ninguém.

Não há explicação em um companheirismo limpinho
Por inteiro que, se aprende gostar do fruto escondido,
Sabor sem igual, receber também o que vem do outro.
Chance há pouco sabida, mas descoberta pelo excesso.

Milagreiro esse excesso responsável sem cessar.
Na atividade de tantas carícias, desvairada fica.
Não esquecendo o nunca feito em outros corpos.
Escolhida, é na vadiagem contínua sem nada exigir.


 

 
Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 14/08/2014
Código do texto: T4922384
Classificação de conteúdo: seguro