Minh’alma és Tu
Adoro-te como adoro o crepúsculo da aurora
Como o infindável momento do nascer
Adoro-te, sim, como o milagre do viver
Como a simplicidade de uma tênue rosa
Amo-te como a estrela no céu do ermo
Como a negra flor de meu peito doente
Amo-te, sim, como a mágica semente
Como o porvir de um orvalho tenro
Quero-te como a semente de minh’alma
Como o crescer da floresta antiga
Quero-te, sim, como a canção erguida
Como a doce dor de ferida calma
Espero-te como a luz em profundas trevas
Como o pão que mendiga o triste homem
Espero-te, sim, como o noivo, hoje, ontem
Como o nascer de minh’alma em férteis terras.
Recife, 04 de Outubro de 2012.