A Presença Querida

Ela queria.

Queria tanto que nem sabia.

E o peito se encheu de uma euforia.

Como de vontade que dá e não se sacia.

E o estômago oco se esvazia.

Permanece a angustia,

Da vontade dada na tarde tardia.

E os olhos arregalados na porta,

Anseiam pela presença não dada,

Tão rara,

Tão sonhada,

A presença querida.

E os ponteiros do relógio não param,

Nas horas que rodam o tempo dos dias.

No sofá da sala as tardes dos dias,

Da saudade esperada,

A vontade jazia.

E o esperar da espera dos dias,

Da tarde parada e vazia,

Floresce nos olhos a alegria,

Das lágrimas molhadas de agonia.

Hudson Eygo
Enviado por Hudson Eygo em 15/08/2014
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