Seresta para uma estrela (T2664)

Lá no sertão,

onde a lua brilha inteira,

onde as estrelas sem timidez

enfeitam o céu de azul escuro,

onde a brisa passa mansa

agitando as folhas das árvores,

escuta-se o violeiro

no dedilhar de uma seresta,

canta a história de sua vida,

a história perdida de um dia

ao conhecer sua amada

viver um amor tão impossível,

um amor intenso como a tempestade,

um amor que mesmo interrompido

dura pelo tempo cantado em sua voz,

e nas noites de estrelas e luar

sua triste melodia ecoa na saudade,

e lá no céu uma estrela tão formosa

brilha de um intensidade magnífica

é como se escutasse a música

que para ela é tocada todas as noites.

Alexandre Brussolo (05/08/2014)