Peço Paz

Nego a guerra que venho travando há tempos,

peço pela paz que não vejo nos olhos que me olham,

as bocas secas e famintas mostram a realidade

sem sonho escondido atrás de teias,

onde a verdade ausenta da culpa aos que a negam.

Vejo e não acredito... E como poderia?

Seres (não) humanos, sem destino, a revelia,

espelho meu que o frio desse mundo recria

mostra as faces desvalidas

e rejeitadas por qualquer artista.

Peço paz negando a guerra do dia-a-dia,

que se quebrem as esquinas onde se vendem mães e filhas,

explodam as pedras que determinam o fim da vida,

que termine essa noite onde as estrelas

angustiadas perdem o brilho e harmonia.

Sim, peço paz nas famílias já destruídas

pela fome e desamor, paz aos pais

e aos filhos que nunca conheceram o amor,

que na cumplicidade da dor roubam

e matam corrompendo a vida, graça divina,

que a todos abençoa na medida infinita do criador.

Peço paz!

Que a violência seja passado num futuro recriado e renovador,

grito alto e que minha voz alcance todos os céus,

paz ao mundo e à vida já tão destruída e regada por lágrimas de dor,

que a justiça se faça viva... Que o sangue inocente derramado

conclame a vitória da paz sobre a guerra que fez a história

de um mundo doente onde o homem perdeu seu valor.

24/03/2007

Aisha
Enviado por Aisha em 21/05/2007
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