Poeta Combalido

Quando a solidão vem me paquerar,

E a lembrança de você vem bater a minha porta.

Fico sem saber em que pensar,

E só a tua presença agora me importa.

O frio vem de madrugada me atormentar,

Beija-me demoradamente com ilusões.

E meus olhos choram de sangrar,

Lágrimas de tristeza misturada a tantas outras emoções.

Carinho venenoso esse de meu lençol,

Que me embala em saudades.

Olho pra cima e já sou capaz de ver o sol,

Amanhecendo ao leste da cidade.

Mais uma noite perdida,

Mais um dia sofrido,

Mais um dia de “mentira”,

Nada além de um poeta combalido.