Rabiscos no Papel de uma alma

Eu queria um ombro para encostar e dizer

A pétala mais bela de uma rosa vai desprender das outras e irá tocar o nosso coração.

Eu queria acomodar-me em um colo e sentir o amor.

È como um abraço doado uma canção singela a surgir no espaço.

A alma resplende um amor que só se banha com rosas, só se conhece com o cântico que Camões um dia pôs-se a escrever.

O perfume das flores se esvai no delírio de um Beijo, no aconchego de um braço, no regaço do anseio de se desejar.

Desejo esse, que os amantes conhecem, que as histórias de Sheakespeare contam, e os ventos levam.

Rabiscos no Papel de uma alma que às vezes grita, outra canta, ou até chora, mas que ama, e ama sem medo, receio.

Se hoje aqui onde estou a brisa bater no meu rosto; será porque eu existo e se vivo é porque meu coração não é de papel.

Queria compreensão, ternura e um pouco de razão,

Um sorriso despretensioso,

Um abraço doado, apertado, sensibilizado.

Quero descobrir que além do horizonte existe um lugar

E que neste lugar

A ternura faz do silêncio sair sons,

Que cantam comigo,

Que me olham, e me sintam; e partilham lágrimas.

È como o céu todo estrelado;

Onde os perfumes se misturam

Em uma essência maravilhosa.

E essa essência é somente você.

Aquele a qual somente o seu Eu pertence.