ABSINTO

Guardei teu beijo
Profanava a ilusão
De um gosto sedutor
No céu da minha boca

A noite me guiava
Instigava o silêncio
Tuas mãos em deslize
Pareciam meu cobertor

Teus olhos me fitavam
Num delírio atrevido
Prescrutava o meu ser
Um desejo em profusão

Teu porto adentrei
Acoplada no teu ser
Sussurrava melodias
Navegando no teu ser

Suguei tua boca
Meu absinto natural
Queria morrer de amor
Inebriada nos teus braços