Vida
Quem poderá descrever-se ó Vida?
Ciência transcendental do existir...
Inexplicável Reflexo da plenitude,
Célula fecundada pelo espírito
Regada pelas veias do universo,
Explosão vicejante das vicissitudes
De todas as virtudes...
És canto e encanto, és riso e pranto.
Revelas-te nas vozes incendentes,
Nos risos inocentes energia e luz.
VIDA o que és então?
Apenas te sentimos como sopro...
Sentimento de Hiroshima
Vibrante em plena sintonia...
Estática nos rochedos e bronzes,
Sensível em todo o sentimento.
Até a morte te gera, no grão soterrado.
Alfa e omega de tudo e de todo.
O mundo pasma em reverências...
Ao sacrossanto Amém...
Ao supremo inventor e criador.
VIDA, marcas os tempos da evolução.
Um peregrinar, um Dom Maior,
Revezar de polens,
A fecundar-te ó VIDA enternecida...
Nascem os valores e penhores,
Dons e dádivas em resplendores,
Nada é inútil, nem riso nem pranto.
Tu ó VIDA, no entanto, sempre és:
Meio e canto, o tu do em todos.
Um eterno Creio... ópera das vicissitudes
VIDA, quem poderá descrever-te
Na mais explicita fidelidade?
Apenas te sentimos... fermento do existir
Afluir no universo...
A desabrochar nos elementos...
Pelo dom maior: o amor...
No estremo gesto da infinitude
Do supremo criador.
Que te gerou, ó vida!