Rua Angustia

Sob os dedos quentes do chuveiro

o sal das lágrimas me afogaram

e quando descobri que três e três são três

isso realmente me abalou

e senti um desespero de contar-lhe tudo que não disse

e todos os beijos que guardei

e todo o amor que eu sinto

desesperadamente

por você.

Nunca houve um rumo para nós

seguindo apenas os caminhos que a vida

estendeu aos meus pés

cai nos teus braços, no seu tapete e nas estrelas do seu teto

Mas agora sinto frio

e tudo são névoas e dúvidas e medos

e um mar de incertezas que naufraga os meus navios

O tempo não para.

A adolescência esta passada

e seus olhos são mais difíceis que os meus

volte para mim, oh tempo cruel, e traga

toda as lagrimas dos meus olhos

de volta para dentro e leve todas as aflições

de volta para o lixo

e me deixe nua outra vez

só com o samba da paixão

que tocou no seu coração

numa tarde de domingo.

Não me deixe em silêncio

que a morte vira um berço

no qual quero me deitar.

Tenho feridas abertas no peito

E todas as pimentas

são feitas

com corações angustiados.

Caroline Mello
Enviado por Caroline Mello em 24/09/2014
Reeditado em 24/09/2014
Código do texto: T4974922
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