Um Céu Instigante

Sem pudor, sem pecado,

Sem o mínimo constrangimento,

Um passeio pelo céu de Pégaso

Num voo tântrico, de estigmas,

Perceptíveis ao âmago!

A magia conduz a carruagem,

A luminária,

Um se não inexistente,

Pois o afeto se diz em versos,

Assim, como numa romaria!

Ao servir o vinho

Mais um poema torna-se

Etéreo, idílico caminhante

De um anoitecer enluarado,

Dentro de um cosmo prosaico,

Feito lareira em noite de quimera!

Não há um perdão

Para ser dito ou pedido,

Apenas a sonoridade do silente

Mostra-se cúmplice, testemunha

Da poesia escrevendo-se

Pelas tortas entrelinhas, onde sinto,

À musa em sol maior!

01/10/2014

Porto Alegre - RS