No Lado Claro da Seda

Há esmo

De alguns versos

Perdidos ou confusos,

Adentro-me ao jardim

Dos versos traçados,

Incomuns aos olhos

D’alma, do âmago,

De um luar

Em fase nova,

Ali, em converse

Com o céu!

Etérea,

A linguagem da folha,

Por hora vazia

De viços ou angústias,

Apenas nostalgia!

Vestida de sonhos

Uma flor se destaca,

Emoldura-se

Dentre as paralelas

Como uma utopia

Surgindo nas entrelinhas,

N’um pulsar onipresente

De apelos em torpor!

Vaga... Divaga...

Oh, belo vagalume,

Deixe sobre as linhas

Em silêncio

Um verbo de amar,

Pois

O xale de aquecer,

Já espera

No lado claro da seda!

03/10/2014

Porto Alegre - RS