Amor e carinho

Quando eu não te tinha,

amava a natureza como um monge calmo a Cristo.

Agora amo a natureza como um monge calmo a Virgem,

religiosamente, como antes, mais de outra maneira,

mais comovida e próxima.

Vejo melhor os rios quando estou contigo,

pelos campos, à beira dos caminhos.

Sentado ao teu lado reparo as nuvens,

Reparo nelas melhor agora com teus olhos.

Tu não me tiraste a natureza,

trouxeste a natureza aos meus pés,

e porque existes, vejo-a melhor, mas a mesma.

Porque existes, me amas, e a amo do mesmo modo,

mas muito mais agora,

porque tu me escolheste para te ter e te amar.

E meus olhos fitaram-na mais demoradamente

sobre todas as cousas...

e me maravilho com tuas maravilhas.

Alex Carvalho
Enviado por Alex Carvalho em 24/05/2007
Reeditado em 24/05/2007
Código do texto: T499204