Amor e carinho
Quando eu não te tinha,
amava a natureza como um monge calmo a Cristo.
Agora amo a natureza como um monge calmo a Virgem,
religiosamente, como antes, mais de outra maneira,
mais comovida e próxima.
Vejo melhor os rios quando estou contigo,
pelos campos, à beira dos caminhos.
Sentado ao teu lado reparo as nuvens,
Reparo nelas melhor agora com teus olhos.
Tu não me tiraste a natureza,
trouxeste a natureza aos meus pés,
e porque existes, vejo-a melhor, mas a mesma.
Porque existes, me amas, e a amo do mesmo modo,
mas muito mais agora,
porque tu me escolheste para te ter e te amar.
E meus olhos fitaram-na mais demoradamente
sobre todas as cousas...
e me maravilho com tuas maravilhas.