Campo Grande 40 graus

Quando olhei Campo Grande

Ardendo qual a terra de Gonzaga

Perguntei a Deus do céu,

Por que tempo tão seco e quente

Eu perguntei a Deus do céu,

Por que sofrer essa pobre gente?

Que calor, que soalheira!

Nem um pé de vento pra abrandar

Por falta de brisa murcharam as flores

Por falta d’água na fonte

Morreram de sede as andorinhas

Até mesmo a Arara azul

Bateu asas das nossas praças

Então eu disse, minha Campo Grande,

Ora comigo pela bênção d’ água

que em chuva grossa há de vir dos céus

Então eu disse, minha Campo Grande,

Ora comigo pela bênção d’ água

que em chuva grossa há de vir dos céus!

Ao contrário de Gonzaga,

Não vou pra longe de ti

Não te deixo só nesta aflição

Espero a chuva grossa

Do céu cair no teu seco chão

Esperarei a chuva...

E quando ela chegar e molhar tuas avenidas,

Quando escorrer risonha pelos teus telhados escaldantes

Quando as araras voltarem aos coloridos ipês,

Minha Campo Grande, estarei aqui, viste

Perto de ti, feliz pela dor que se foi

Minha Morena!

Anna del Pueblo
Enviado por Anna del Pueblo em 15/10/2014
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