A ALMA QUE AMA

Os lábios úmidos e vermelhos

Abrem-se lívidos e amolecidos

A carne insana treme convulsa

Acalma-se no beijo ensandecido

Os mamilos doces e macios

As pernas sobre as coxas retesadas

A ulha molhada e exposta, espera

Como se uma oferenda fosse

A fenda fecunda se aparta

Ao receber o amor enfurecido

A alma fêmea se contrai, se estua

Divide o gozo, num só gemido!

É a alma que ama, o corpo transa

Pois tudo rola nas ondas do sentido

Os corpos ofegantes logo se separam

Os seres, pelas almas, seguem unidos!

Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 25/10/2014
Reeditado em 28/10/2017
Código do texto: T5011400
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