MEU GRANDE AMOR


Grande gigante sedutor, mas carente
De quase tudo em uma solidão tremenda.
Além de tanto precisar fica assustado
Se alguém chega por lá, o medo o domina.

O tempo do medo parece muito presente agora.
O amor de tirar o fôlego passou nem saudades
Deixou em razão da submissão, para dar satisfação
À vizinhança e outrem pela mensalidade vantajosa.

Que pena! Temer o nada existente através
Do ciúme, possessão, insegurança no leito.
Fatalmente entregue em quatro paredes, incapaz.
Não tem reação quando um dia foi superior.

De pulso forte antes, fica impotente agora.
Fala baixinho temendo fazer confusão na visita
Ligeira, aterrorizando quase em súplica como criança
Pedindo colo, como se tivesse cometido pecado mortal.

Não aprendeu nada da espiritualidade frequente.
Hora da chegada de sua servidora, endoidece o ser.
Como se ouvisse uma ordem gritante para
Obedecer sem criar situação conflitante entre eles.

Quem são eles? Se o ser é patriarca há anos.
Pés atados e mãos também, caíram na armadilha.
É labirinto sendo difícil a saída nas entrelinhas.
Pobre nos atos amorosos, sem brilho, inerte.

Parece um berro como independência ou morte.
Talvez traumas de ontem o faça assim medroso.
Acorda gigante! Libera seu potencial da liberdade.
Não fique como o Brasil dormindo em berço esplêndido.




 

 
Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 25/10/2014
Reeditado em 26/10/2014
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