De mansinho
Com esse jeitinho de quem não quer nada,
Você chegou de mansinho, parecendo ínofensivo.
Guardei minhas armas, meu escudo, desprotegi-me.
Abri meus braços e deixei você entrar em minha vida.
Não percebi porém, que suas armas são
Justamente essa ausência de armas.
Sentindo-me segura ao seu lado,
Desguarneci meu coração - e você se apossou dele.
Agora estou enredada em suas teias.
Não consigo mais desvencilhar-me.
Quanto mais me debato, mais presa fico.
Como descuidada borboleta... estou à sua mercê...