Ego

Minha paciência foi-se,

pois a foice a partiu, ao meio,

enlouqueci, ria de mim,

do espelho quebrado,

das curvas onde minha mão não pode chegar,

e era um sonho, um sonho que escapava pela a boca,

em todos aqueles anos,

em todos aqueles dias,

em todo esse tempo,

de todas as horas,

de tudo que sinto,

de tudo que fui,

me vi menino virando homem,

me vi morto e vivo,

caindo e levantando,

e ria... Ria de mim,

era de mim quem tinha que rir,

eu era a nossa piada,

eu inflamei seu ego demais,

e o meu? Eu o bombardeei,

quero chegar na saída...

Minha triste vida louca sabe de onde vem minhas tristezas,

eu sou o perfeito retrato de um palhaço,

eu sou eu...

sem egos,

sem nós e sem nós.

Marcos Pagu
Enviado por Marcos Pagu em 01/11/2014
Código do texto: T5019714
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