Como nasce um amor!

Como nasce um amor!

A negritude dos Céus

O mar revolto

As ondas crescem

Avolumam-se

O vento sopra fugaz.

As plantas balançam

Num vai e vem

Procuro abrigo

Não vislumbro ninguém,

A natureza se manifesta

De forma extravagante

Reclama algo incessante,

Num tom beligerante.

Meio assustado

Aturdido

Escuto o alarido

Das aves em retirada.

Elas dão o sinal,

De algo anormal

Que irá acontecer.

Um vendaval,

Um temporal,

Um ciclone

Um tsunami,

Estou em vexame.

Meu barco a deriva

Num tremular

A balançar incessante,

Parece ofegante

Com algo indiferente,

Que irá acontecer.

Não quero morrer

Nem sofrer,

Apenas viver, sem calmarias.

Sem distonias, com alegrias,

O tempo melhorando

O vento diminuído,

O mar menos bravio,

Sem calafrios estou.

Mas por um momento,

Pensei em sofrimento

Supliquei, supliquei,

Com Deus me agarrei,

Solucei,

Pedi arrego, sossego,

Uma estrela no céu,

De repente veio brilhar,

Era o sinal divino

Informando o amainar.

Tudo cessou,

Meu coração acalmou,

Caminhei pensativo,

Com e sem estilo,

Fui à cata de abrigo

Por sorte encontrei

Uma moça bela

De feições encantadoras,

Alegre, sem masmorra.

Pensei em me afastar,

Ela gritou, venho te buscar.

Vamos formar um lar

De esperanças e nuanças,

Que o Divino nos dará.

Aceitei seu convite

E com ela fui morar.

Nas noites de lua cheia,

Parecia uma sereia, mas, só parecia!

De seu amor padecia,

De seus abraços me refazia,

Da preocupação veio à alegria,

Com extasia, uni,

O útil ao agradável. Pensei.

Deus dá o frio conforme o cobertor,

Só que aquele frio, Seria o inicio,

De um grande amor!

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-

MEMBRO DA ACI E ACADÊMICO DA ALOMERCE

FORTALEZA-CEARÁ.

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 26/05/2007
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