UM AMOR NUNCA VEM SÓ
Um amor nunca vem só,
Vem mal acompanhado,
Por um outro amor,
Que por despeito e inveja,
Se intromete, para desfeita.
Um novo amor, é suspeito,
Nunca se sabe se é sério,
Aceita-se de qualquer jeito,
Mesmo envolto em mistério.
É tão cega a maneira de amar,
Que não conseguimos separar
O trigo do joio,
Revela-se um amor ingrato.
Quão difícil é comunicar
Com dois ou três amores,
Eles se esgrimam com ciúmes,
Invejas e queixumes,
Não nos dão margem para amar
Em liberdade,
Sem termos que contas prestar.
Tão confusos ficamos,
Que deixamos de discernir,
Não sabendo distinguir
O amor verdadeiro do falso
É como a cabeça em cadafalso.
Acabamos por perder os amores
Com desgosto e muitas dores.
Ruy Serrano - 02.10.2014, às 10:25 H