NOSSO AMANHÃ


Nada de pedir café na cama, mas amor, é
Melhor se preparar para um bom almoço,
Festejar algo como especial por um dia.
Não se planeja o amanhã, pois não nos pertence.

Ninguém é de ninguém assim somos e pronto.
Nessa história subimos e descemos escadas,
Tudo arrumadinho como ninho de passarinho.
Não há cansaço impedindo o nosso agora.

Tem que ser instantâneo vai ter que ser assim.
Por essa força estranha entre nosso amanhã,
Dedica-se o impossível caminho nas avenidas
Do nosso jardim sem uma rosa sequer murchar.

O inverno se torna verão, nuvem passageira.
Sem pensar nesse nosso amanhã se revela
Ainda mais sensualidade, desejos adormecidos,
Acordando por inteiro de um sonho sem fim.

Pensando no nosso amanhã chegam músicas movidas
Sem posse admitindo tudo normal rendendo
Deliciosamente os amores do momento existente.
Não será preciso choradeira, mas alegria imensa.

Vem que vem, vem que vamos nesse amanhecer
Que, o nosso amanhã nada permite entrar no jogo.
Que nem terapia para ajudar atrapalhando de uma vez.
Seguramente nosso amanhã não haverá no traçado.



 
Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 04/11/2014
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