Odes ao Pranto

Basta uma nota,

Uma única e onipresente nota

Para o pranto

Em versos desaguar,

Pela folha até então

Gélida como gelo,

Silenciosa como silêncio,

Muda como a mudez do luar

Rompendo a leste do crepúsculo

Hoje, rubro como o beijo.

Do poeta perdão ao ódio,

Odes ao reVerso do inVerso!

Do poeta à musa perdão ao amor,

Odes ao inVerso do reVerso!

Pelo anoitecer

Mais uma única nota

Harmoniza-se tecendo

O pranto, já insano, já lúdico,

Como num prisma

Da janela incidindo,

Nas peles combustão!

13/11/2014

Porto Alegre - RS