Meu beijo é cheio de entrelinhas
As vezes,falo
pois o silêncio assusta
Só se faça de tolo
uma vez
As nuvens passam
Por cima de todos
Junto com os aviões
e os corações dos poetas
Escrevo algumas palavras
Não entendo a razão
Fecho os olhos feridos
O tempo se esgota
O poema assombra
Luzes sobre a cidade
Vi um nome na parede
Versos perdidos no álcool
Danço no tapete
Agito os braços soltos
Voando no meio da sala
Giros e rodopios loucos
Procuro o que fazer
Antes que a lua adormeça
E água ferva
Perfume de café no ar
As vezes,falo
pois o silêncio assusta
Só se faça de tolo
uma vez