Desconstrução

E assim,

ele sentia

Batia um vento

Ele ia

Uma tramóia

Ou simpatia

Um letreiro

Ou agonia

Uma mulher,

Ou euforia

Uma amante,

Ou dinastia

Uma pérola;

Ou sinestesia

Uma beldade;

Ou uma enguia

Uma equação,

Ou alquimia

Das tragédias

A coisa mais natural.

Pelo que foi visto;

e em retórica(!)

Ainda há tempo

Em tempo

Há tempo

Para regar novas flores

Para jorrar

novos calores

Para saborear

Novos sabores

Para parar

Com todas as dores

Todos os dissabores

Que só fizeram desfazer

Que só fizeram reduzir

a termo

Reduzir ao pó, d'onde o próprio nome veio;

Cavalo sem nó

Amante sem freio

Comedido sem arreio.

Das liberdades,

O sentir mais liberal.

Alexandre Bonilha
Enviado por Alexandre Bonilha em 21/11/2014
Reeditado em 20/01/2017
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