PALHAÇO SEM QUERER


Sempre fui palhaço sem querer perturbando o coração
De alguém, acreditando naquele rosto pintado
Para esconder a dor de te perder, mas no admirado
Palco sem rival chorava sentindo faltar de você.

Nas palhaçadas os assistentes aplaudiam.
No camarim só eu sabia o que meu coração
Sentia em meio à desarrumação colorida.
Tantas cores lindas todas acinzentadas pareciam.

Não havia nascido em uma quarta-feira de
Cinzas, mas meu grande amor partiu sem
Volta, pois até o coração ficou sozinho...
Das dores físicas jamais sentidas doeu tudo.

Luzes acesas cortinas abertas para um novo
Show do palhaço, alegre mesmo triste sorria.
Indiferente ao que acontecia levanta a cabeça,
Fazendo piruetas deixando a criançada gargalhar.

Planejamento segue com destino para outro lugar.
Querendo esquecer drama para continuar viver.
Certamente a vontade de amar, viver, ter prevaleceu.
Renova-se atitude saudável frequentando
Melhores ambiente tira vazio fazendo milagre.

Infelizmente ou não deixa o picadeiro, pois surge novo
Amor com tano carinho nunca recebido, parecendo
Céu azul com estrelas reluzentes começando tudo
Outra vez, o que um dia foi dois pra lá dois pra cá.


 
Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 24/11/2014
Reeditado em 24/11/2014
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