Morrer de Amor

Uma dor aguda no peito,

Na aceleração cardíaca,

Faz da angústia o leito,

Em desgosto com a vida.

Apaixonado romântico,

Vive o sentir mortalmente,

Acordado sonâmbulo,

Desesperado e ainda demente.

Entregue a loucura,

Arrancando os cabelos,

Buscando a sepultura,

Sujeitado ao medo.

Romeu e Julieta,

São o par que inspira,

O suicídio aceita,

Só conhece essa trilha.

Desconhece a calmaria,

Diante de um amor maior,

Que liberta e não fragiliza,

Se doa por algo menor.

Amar é ultrapassar egoísmos,

Sobreviver diante da vontade,

Que move o mundo em ciclos,

Numa comunhão de realidades.

Esquece-se a opressão da posse,

Aproxima-se pelo puro desejo,

Saudando a emoção que eclode,

Fazendo-se força ante o desespero.

Bruno Azevedo
Enviado por Bruno Azevedo em 27/11/2014
Código do texto: T5050907
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