A fonte é o amor
Decidira não mais sentir amor
Perdeu-se numa ilha deserta
Ouvia a canção das águas
Passava noites de trevas
Distante daquela que mais amava.
Pobre ser de sentimento estancado
Sofreu um bocado
Ao aderir à idéia da desilusão
Achando que o amor
Não era solução no mundo tão atribulado.
Ainda bem que acordou em tempo
Reviu o passado
Entre a ilha e o mar construiu ponte
Para o sentir atravessar
E buscar no amor água da fonte.
Então, o que à tarde era preto e branco
Passou amanhecer colorido
Tudo na sua visão se transformava
Nada estava perdido
Como o mundo negro que para si havia adotado.