Delicadeza

Sou da delicadeza na hora do amor.

Entre quatro paredes o que vier,

Tem que vir adocicado.

Tem que vir enfeitado, tipo presente de aniversário.

Onde você desembrulha aos poucos, com medo de perder a surpresa.

Eu me enfeito.

Você me respeita.

E juntos vamos buscando o amor, aos poucos.

À medida que o corpo pede, que a alma aconchega.

Tem que haver suor, saliva e orgasmo todo.

Mas, o sussurro, o olhar e o beijo têm de estar lá, para aquecer.

Você pode não acordar ao meu lado.

Mas uma prosa depois do êxtase é de toda especial!

Enriquece, acarinha...

Sou das mãos tateando, na pontinha dos dedos.

Das pernas entrelaçadas.

Do meu pé gelado, em noite fria, debaixo do seu cobertor.

Do sussurro enlouquecedor,

Num “eu te amo!” absolutamente apaixonante.

D’uma safadeza delicada, feita aos poucos,

À medida que o coração e a pele pedem, juntos.

Sou assim.

Da delicadeza na hora do amor.

Do amor na hora do sexo.

Sexo e amor, a meu ver, têm que caminhar juntos.

De mãos dadas.

Como todo casal que se ama também deveria andar.

O entrelaçar das mãos é troca de energia.

É um cuidado mútuo.

Um querer estar junto.

E é difícil eu crer ser diferente.

Não venho de criação arcaica.

Mas, trago de vidas certo tradicionalismo,

Quanto aos sentimentos humanos.

Ponho meu sentimento à frente, sempre que dá.

E me dou em pedacinhos...

Para instigar quem me tem.

Para que eu nunca lhe falte.

E eu nunca me acabe.

Não sou muito dos términos.

Sou mais das reticências.

Daquele não saber exato até onde eu vou, onde vamos...

Prefiro assim.

O ponto final não me encanta.

A exclamação e é bem melhor!

Da surpresa toda em momento de alegria.

Ou em momento de arrepio d’alma.

Uma boa exclamação é toda diferença!

Sou diferente dos outros.

Totalmente avessa às “modinhas”.

Pode ser difícil o entender.

Pode ser toda a diferença na hora da escolha.

Isso depende do ponto de vista que me olha.

Contudo, prefiro isso tudo.

É melhor para com os meus quereres.

Assim, devagarzinho...

A gente sente mais e guarda na memória o que sentiu.

Para puxar na lembrança aquela saudadezinha toda apertada,

Lá no fundo do coração...

HELOISA ARMANNI
Enviado por HELOISA ARMANNI em 30/11/2014
Código do texto: T5053673
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