E  foi por viver só
       que doeu-me a tua chegada...
 
       A forma como me cobriste
       e acordaste as palavras do meu corpo...
       Como bebeste os segredos
       e lambeste os desejos a mel e sal...

 
       ... Eras dédalo a enrodilhar-me !!!
 
       E pela manhã,
       era teu nome que me trans.bordava
       no sonho de morar no teu gesto...

       ...
       

      Ahhh  Poeta...
       Luz dos dias às noites !
       Ancorado, febril, estendido à carne !
       ... Suspenso à boca...
 
       Escreveste-me tua memória
       em aderências...


 



________Foi por me vestires com tua alma       
que sempre doeu-me       
o ínfimo sopro de tua ausência.       
 
 

 








Tela – Arthur Braginsky   
DENISE MATOS
Enviado por DENISE MATOS em 04/12/2014
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