EVELINA

Parecem os olhos de turmalina,

Os cabelos de longos fios dourados,

E os lábios de pétalas de rosa em botão.

Quando o véu da noite me cobre de solidão,

E me embalam do passado os sombrios braços,

Peço asilo ao jardim daquela nossa velha infância,

Então eu volto a ser menino, tu voltas a ser menina,

E já não contamos o tempo, nem medimos a distância.

As paisagens bucólicas pintadas em quadros

Sequer imitam o teu talento para a beleza, Evelina,

Musa inigualável e portento inefável de minha inspiração.

Carlos Henrique Pereira Maia
Enviado por Carlos Henrique Pereira Maia em 08/12/2014
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