EVELINA
Parecem os olhos de turmalina,
Os cabelos de longos fios dourados,
E os lábios de pétalas de rosa em botão.
Quando o véu da noite me cobre de solidão,
E me embalam do passado os sombrios braços,
Peço asilo ao jardim daquela nossa velha infância,
Então eu volto a ser menino, tu voltas a ser menina,
E já não contamos o tempo, nem medimos a distância.
As paisagens bucólicas pintadas em quadros
Sequer imitam o teu talento para a beleza, Evelina,
Musa inigualável e portento inefável de minha inspiração.