O LUAR NA BEIRA MAR
Não parava de ventar e a noite declamava em luar
A lua intimidava-se insistindo em sair parecia com raiva mais brilhava
Mostrava-se tudo presente o verde o mar o brilho do seu olhar
A cada mergulho uma realização a cada conversa uma satisfação
E lá no canto mais oculto a lua insistia-se em sair
E a nuvem companheira permitiu-se em abrir
E de repente tudo se fez lindo como a perfeição de um ninho
Tudo se encaixava numa união que só a lua enxergava
Éramos o tempo do vento da lembrança que ficou
E lá do alto uma pena surgia era apenas uma sintonia
Da ave que ali voou só no pensamento ficou
E aqui paro em silêncio, esperando a nova e futura ventania.