EU QUERIA VER O MAR

Exercitaria corrida por sua margem e crista

Esqueceria a dor das batidas descompassada,

de um coração animal.

Animal acuado, ameaçado, desrespeitado,

humilhado, ferido e nem foi por falta de amor...

O amor confortou com sua imparcialidade;

O amor confortou com o seu silêncio.

O amor escutou e não jugou!

O amor sentiu a brisa do mar.

Eu queria ver o mar para me regenera;

Para vigora de palavras e canções;

Para lava as minhas magoas...

O mar que purifica em batismo,

apenas no olhar.

Eu queria apenas uma gota desse oceano,

para desfaçar as minhas lágrimas.

A todo o momento paro, medito e sigo a pé.

São dessas caminhadas e meditações que vem

o comparativo entre o meu amor e o mar.

Correr em busca de felicidade e contentar só

em ver o mar.

A felicidade passa pelo olhar e penetra através

dos sons, em forma de ondas que vão e vem.

Eu queria ver o mar a te contemplar em plenitude.

Para sentir sua brisa, para sentir o seu aroma...

Temperar-me-ia com seu paladar.

Eu queria dividir esse mar em beleza a ti...

Em igualdade e importância.

Eu queria te ver descalça a caminhar nas areias

desse mar.

Queria eu dividir você com esse mar e te amaria

entre as ondas espumantes dessa valsa de águas cristalinas.

Te chamaria de sereia, cantaria a melodia do amor te

presenteava as conchas garimpadas e te faria perola.

Escrito em 07 de dezembro de 2014, por Orlando Oliveira.