Palavras da Seda

Agita o xale

Sobre o mirante,

A brisa do rio

De águas claras,

De espelho do luar.

Logo ao norte

A casa do vinho,

O quatro da lua,

D’onde a mão já escrevia,

D’onde a mão já descreve

D’onde as mãos doam,

D’onde as mãos recebem,

D’onde as mãos...

Logo chega a noite

Plena em primas,

Contemplar de peles,

De lágrimas orvalhadas,

De vozes e cantores do vento

Quebrando o breu,

Alumiando o silêncio.

Caminhos e descaminhos,

O xale aquece e

Depois seduz.

11/12/2014

Porto Alegre - RS