Ah, o amor!

A inspiração é como notas de música que percorrem todo meu corpo e se concentram nas pontas de meus dedos

Há muito eu desconhecia como era me sentir desse modo

Horrivelmente surda a sinfonia de meu próprio ser, em uma existência vazia

Me prendendo em um casulo de dúvidas, em teias que me sufocavam junto a meus medos

O que seria da luz se não houvesse escuridão?

Nesse lugar vazio, tateando por um ponto de apoio, abri os olhos

Eis então que se tornou visível que estar alheia a tudo não era o melhor caminho

Enxerguei o mundo novamente e ouvi, dentro de mim, os ecos do meu coração

Dizem que é a tristeza que move o poeta

Que sua inspiração dolorosa faz nascer os mais sublimes versos

Porém, mal sabem estes. Que o que move o poeta é um sentimento mais tenro que a dor

Um acolhedor sentimento quente que envolve sua alma como um edredom em dias frios

É uma lareira acendida por uma pequena fagulha de esperança

Que vai acalentando todo teu ser e enchendo sua alma de sonhos

Aquele abrir de asas sublime, pronto para jogar-se de cabeça ao túmulo se preciso fosse

Eis que me perguntam do que falo, e por que falo e só tenho algo a dizer...

Falo com amor e por amor. Escrevo porque amo e de amor me derramo

Pois quão patética seria minha existência se não amasse

Se não sentisse no fundo de meu âmago esse néctar de vida

O remédio para uma alma machucada, o combustível para encarar a longa estrada

Amo porque vivo e de amor vivo

Se escrevo é porque esse sentimento guia minha mão

Envolve meus pensamentos com doçura

E transborda-me toda em inspiração. Ah, o amor...

Alessandra Ramírez
Enviado por Alessandra Ramírez em 21/12/2014
Código do texto: T5077191
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