INEXPLICÁVEL AMOR

Inexplicável Amor

Quem dera fosse a vida, a etiqueta viva que se fatasie,

A vida que se recrie, que se dar ao molde daquilo que se quer, quando não há pretensão no querer.

Quem dera fosse quimera de uma vida que um dia era, de uma era que um dia foi, do que foi quando um dia quisera. Onde o tempo que passa, passa ligeiro para não deixar rastreio.

Confabulando em versos aguados de nexos para se fazer entender os reversos de algo que prematuro se foi, sou eu, capacho dos seus deleites, na paixão e no tear do dia.

Verbalizando gotas do teu orvalho na contemplação da vida retratada em tuas faces, vezes ocultas, vezes não. Quem dera fosse a vida uma quimera naquilo que de ti se propõe a ser.

Virei a ti vislumbre dos meus olhos, pois que, se de mim não houvera sido teu, o coração, por certo o é a alma, em partes e por inteira, naquilo que já fomos um para o outro um dia.