A espera

Não posso abrir os mares pra você

Não posso ser o vinho pra você beber

Mas posso ser o doce em sua língua

Não posso te fazer ser milionária

Mas você não será mais solitária

Nem ficará jamais vivendo a míngua.

Venha correndo

Que o meu peito aberto

É o caminho das pedras

Mais certo

É o melhor

E mais seguro atalho

Venha correndo

Que eu aqui me arranjo

E embora eu tenha

Esse rosto de anjo

Eu sou talvez o humano mais falho.

Não posso ser o barco dos seus portos

E nem sequer ressuscitar os mortos

Mas posso te ajudar na dura lida

Não posso te obrigar a me amar

Mas sei que posso sempre te esperar

Mesmo que a espera dure toda a vida.

Weverthon Siqueira
Enviado por Weverthon Siqueira em 30/12/2014
Código do texto: T5085319
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