“INOCÊNCIA”

Teria o amor chegado ao coração

daquele pequeno ser, por aquela

que lhe exercia forte atração?...

Seus olhos jamais viram outra mais bela!...

Sem nem saber ao certo a razão

que lhe prendia cada vez mais próximo dela;

movido por forte impulso; emoção,

seu infantil sentimento, então lhe revela!...

Ah!...gostas de mim?...Qual foi a educação

que lhe deram teus pais?...Responde então

a pequenina, indignada...e o coração gela

do pequenino; arrependido de tal revelação

temendo que seu castigo fosse então

a cinta e a fúria daquele que por ela, zela!...

Porém, um dia chegou (e isto é natural)!...

Demora, mas chega sem que se tenha consciência...

Causando um arrepio, um arrepio sem igual,

no corpo todo...a adolescência!...

Que coisa estranha é esta?...Responde qual

é a razão desta força a qual não temos resistência...

Minha boca na tua!...Papai...não leva a mal;

porém, vê, eu cresci...perdoa a não obediência!...

Crescemos lado a lado...O puro e santo desejo carnal

chegou sem prévio aviso...entrega total!...

Repete, criança-adulto, de teu amor a existência...

Sem medo...meu pai nem desconfia desta atitude imoral;

é bom que ele pense que eu sou ainda igual

à menina de outrora...de pura inocência!...

(GERALDO COELHO ZACARIAS)

Coelho Zacarias
Enviado por Coelho Zacarias em 01/01/2015
Código do texto: T5087467
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