MÃOS EM MEU CORPO


As suas no deslizar de cada cantinho,
Buscando cheiro querendo na conquista
Fazer amor como se fosse seu objeto quase
Proibido depois das tantas desvalorizadas,
Quem sabe do Oiapoque ao Chuí sem revelar.

Tão perto e tão longe faz a diferença em nós.
Pensa cá, pensa lá, como criança mimada,
Quer encontrar o brinquedo perdido nos
Lençóis da cama do agora vazio de mãos.

Serenamente se procura algo o abraçando.
Quer ser dominado sem fazer carícia feito múmia.
Corpo com mãos traiçoeiras de outrem fala
Francamente dizendo serva subalterna sem tesão.

Essas mãos em meu corpo rastreiam como vício do
Amante irresponsável, pois anos se aproximando,
Fraquejando quase em cochilo, mas a vivacidade
Corporal na hora não perde tempo em excitação.


 
Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 03/01/2015
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