CARTA PARA HIPÓLITO

Mesmo nas profundezas obscuras do meu ser

Eu te amo

Mesmo no sepulcro do meu pranto

Eu te amo

O céu e o inferno penetraram minhas mãos

Adormecendo minhas dores por um tempo

Eu amei teu silencio mesmo não querendo

Sua não verdade em dizer que amava também

Essa prisão apetitosa que são os teus braços

Conduziu-me por mares escabrosos de amor

Mares frios, sombrios, quentes e frágeis

Dezembro se foi junto contigo

Para dizer adeus

Seria um alivio?