MALDITO MAL DE AMOR
Já está no fim o meu longo sofrimento,
Se acaba aos poucos esse triste homem,
Terminará o meu viver maldito,
Maldito seja o mal que me consome.
Se outro ser com esse mal ficasse,
E corroesse-lhe, o corpo e a alma, enfim...
Mas, se esse ser já tivesse sido amado,
Talvez não fosse, oh mal, tão maldito assim.
E vais assim, oh, triste e desprezível,
Vais pouco-a-pouco a tirar-me a calma.
E exterminas de modo incorrigível,
Um pobre ser, sem amor, sem alma.
Quando eu morrer oh, mal dos miseráveis,
Não saberás, de nós dois, quem mais perdeu.
Perdes o teu tempo oh mal, vil e imprestável!
Estás matando quem nunca viveu!
Roberto Basílio, em 20/05/1996