MALDITO MAL DE AMOR

Já está no fim o meu longo sofrimento,

Se acaba aos poucos esse triste homem,

Terminará o meu viver maldito,

Maldito seja o mal que me consome.

Se outro ser com esse mal ficasse,

E corroesse-lhe, o corpo e a alma, enfim...

Mas, se esse ser já tivesse sido amado,

Talvez não fosse, oh mal, tão maldito assim.

E vais assim, oh, triste e desprezível,

Vais pouco-a-pouco a tirar-me a calma.

E exterminas de modo incorrigível,

Um pobre ser, sem amor, sem alma.

Quando eu morrer oh, mal dos miseráveis,

Não saberás, de nós dois, quem mais perdeu.

Perdes o teu tempo oh mal, vil e imprestável!

Estás matando quem nunca viveu!

Roberto Basílio, em 20/05/1996

Roberto Basílio
Enviado por Roberto Basílio em 11/01/2015
Código do texto: T5098098
Classificação de conteúdo: seguro