Alma Abandonada

Presa no labirinto tenebroso,

A alma vaga errante.

Um lamento doloroso

Ecoa de forma dilacerante ...

Abandonada, ela chora ...

Trágico desalento!

Quem amava, foi-se embora …

Angustiante tormento!

Ela sangra, machuca-se nos espinhos...

É todo feito de dor o seu cruel caminho.

Thánatos, então, aparece para confortá-la

“Venha comigo, irei libertá-la”

Ele a toma em seus braços e a consola

“Leve-me para onde a poesia mora...”

Thánatos a envolve com suas asas

E a cobre com sua nuvem prateada.

Chegam, então, aos Campos Elíseos.

“Aqui viverás, para sempre, no paraíso”

Ela bebe da água do Rio do Esquecimento

E dá fim a todo o seu sofrimento.

Sozinha e feliz, ela segue cantando...

Não há mais amargura no seu coração.

Thánatos acabou lhe revelando

A felicidade que mora na solidão.

Maria Cleide da Silva Cardoso Pereira (MCSCP)
Enviado por Maria Cleide da Silva Cardoso Pereira (MCSCP) em 12/01/2015
Reeditado em 12/01/2015
Código do texto: T5098823
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.