Alma Abandonada
Presa no labirinto tenebroso,
A alma vaga errante.
Um lamento doloroso
Ecoa de forma dilacerante ...
Abandonada, ela chora ...
Trágico desalento!
Quem amava, foi-se embora …
Angustiante tormento!
Ela sangra, machuca-se nos espinhos...
É todo feito de dor o seu cruel caminho.
Thánatos, então, aparece para confortá-la
“Venha comigo, irei libertá-la”
Ele a toma em seus braços e a consola
“Leve-me para onde a poesia mora...”
Thánatos a envolve com suas asas
E a cobre com sua nuvem prateada.
Chegam, então, aos Campos Elíseos.
“Aqui viverás, para sempre, no paraíso”
Ela bebe da água do Rio do Esquecimento
E dá fim a todo o seu sofrimento.
Sozinha e feliz, ela segue cantando...
Não há mais amargura no seu coração.
Thánatos acabou lhe revelando
A felicidade que mora na solidão.