Alma Abatida

Tenho tentado não cair em ti, minha querida,

E dormir nos teus braços minha maquina quebrantada,

Eu andei no meio da luz,

E imitei alguns sorrisos,

Falei com pessoas, até brinquei,

Mas, minha sereia de transcendente extensão,

Tenho me perdido,

Tenho me desfeito a cada ato,

E hoje sinto-me conspurcado por mim mesmo...

Por isso estou aqui a te admirar,

Suspirando em silêncio a tensão desse momento,

Como se de ante mão já soubesse de tua reprovação ante a minha súplica,

Ante esta mendicância tão reprovada por Tagore,

Mas, eis-me aqui, Noite Infinita, a te pedir que me envolva nos teus segredos,

Que de teu amor denso e profundo

Dê a mim as gotas que criam estrelas,

Como as que vejo no céu longínquo,

Porém queimando aqui no meu peito,

Dando sentido aos passos de minha alma abatida...

Sebastião Alves da Silva
Enviado por Sebastião Alves da Silva em 01/02/2015
Código do texto: T5122656
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