BRONZEADO NORDESTE
Eduardo Andrade (Duda)
FS, 30/06/1983
D.O. – Pág.: 04 – Data: 10/12/1985 – BA/BR
Mesmo que o inverno chegue
treparei em você
meu cavalo alazão...
Em disparada pela escuridão
igualo-me às batidas
vindas do seu coração.
Destemido diante
do vento forte da paixão
que ora presencia
nós rolarmos pela areia
ou galoparmos no mar
a procura de sereia.
Pai do Nordeste,
príncipe do sertão
deixa seus raios
bronzeando nossos corpos
que a procuram
mesmo indo ao encontro
da calada noite
temendo a personalidade
da próxima estação...
Abrigaremo-nos sempre
no galope de nossos corpos
como se estivéssemos
envolvidos em fios de cordão.