Os pregos do tempo
A vida nos empurra
Nos vagões lotados
Todos os dias
Temos de ir sem reclamar
Pois temos uma passagem para o centro
E contas para pagar
A vida nos empurra
O mundo é que vai dizer
O que não pode ser perdido
O que não pode ser esquecido
Se o café esta gostoso
Se tenho de comer pão com manteiga
Se o que faço é errado
O mundo é que vai dizer
Quando penso na primavera
Pego um livro na estante
Começo a ler uma nova história
Vivo de ilusão e fantasia
Faço contas de cabeça
Sonho em bosques perdidos
Quando penso na primavera
No universo de minha boca
Passeiam bruxas e dragões
Moram palavras enfeitiçadas
De um coração desesperado
Cantos de amor apaixonado
Que afundam no rio Tietê
No universo de minha boca
O mundo é que vai dizer
O que não pode ser perdido
O que não pode ser esquecido
Se o café esta gostoso
Se tenho de comer pão com manteiga
Se o que faço é errado
O mundo é que vai dizer