FAZ-ME TUA


Aqui estou, toma segura e faz-me tua.
Larga esse corpo de encontro ao meu.
Entre o côncavo e convexo sem temer,
Faz-me tua como sempre quis sem ajuste
De hora nem pensamentos alarmantes.

Não tema, pois é chegada a hora do fazer.
Portanto, com desempenho ardente e sedutor,
Deixe a flauta um pouco e chega palpitante.
Venha lambuzar meu corpo em satisfação
Do jeitinho que ninguém mais faz, só nós.

Nada de publicação estampada em jornais.
Desnecessário pelo devotado amor do hoje.
Colorindo o jardim das ilusões sem restrições.
Faz-me tua, amor meu, pois jamais existe
No momento o proveitoso querer igual.

É carnaval, sejamos pierrô e colombina inocentes.
Desmascarados, pois só nos embriagaremos
Dos prazeres há um tempinho vivido oculto.
Sem estardalhaço roubemos a cena do amor
Proibido continuando com os lados preferidos.

Não haverá negação nem tão pouca rejeição.
Amor com amor se dar de um tudo em agradáveis
Oferendas, pois os amantes eventuais perduram
Com o mesmo encanto daquele instante no
Calçadão da avenida, foste meu, faz-me tua.

Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 13/02/2015
Código do texto: T5135981
Classificação de conteúdo: seguro