ONDE ANDA A BONDADE

Onde anda a bondade, é raro aparecer,

Poucas vezes vem ter comigo,

A bondade vem donde menos espero,

Chega sem avisar de mansinho.

Uma palavra, um gesto, uma mensagem,

Assim a bondade chega às vezes,

Como se me fosse prestada homenagem,

A importantes marqueses.

Estou sempre à espera da que a bondade

Venha ter comigo, tenho saudades,

Do tempo em que a bondade era gratuita,

Hoje a bondade tem de ser adquirida.

Não sei por onde anda a desejada bondade,

Faz-se cara, não me reconhece,

Jamais pensei que tivesse tanta maldade.

Pedir para me amar, não me apetece.

Um dia a bondade precisará também d'amor,

Verá então como é deveras penoso,

Não ser correspondida, será então um temor,

Momento crítico muito doloroso.

Ruy Serrano - 15.02.2015

Ruy Serrano
Enviado por Ruy Serrano em 14/02/2015
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