Cinquenta tons de poesia

A ninguém quero enganar

Estou no mundo

Pois assim quis minha mãe

Fruto do sangue e da dor

E só quem me acompanha

É o ruido dos passos

Na rua vazia

Não sei se tenho alguma razão

Mas nesta vida maniqueísta

Não conheci sorte e riqueza

Tenho apenas as palavras

Que fazem o coração cantar

Todas as noites

Enquanto a lua se apresenta

Quando fecho os olhos

Quase sempre adormeço

Ou penso no passado

Então tento mudar a história

Fazer um final feliz

Para dois personagens torturados

O poema tem cheiro

De papel e de tinta

Mistérios da escrita

Mas a realidade bandida

Estaca cravada no peito

Dos desafortunados

Desfaz qualquer sonho

carlos assis
Enviado por carlos assis em 21/02/2015
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