Meu rosto

Eu não sei d'onde esse rosto achega

E nem da tristeza que desses olhos o molde fizeste

Do nobre cipreste de tanta graça e leveza

Da tenra beleza do quasar a formar no celeste

Da verve excelente de Dos Anjos, Volkow e Neruda

De tantas clausuras, da liberdade palpável

Do amor inegável, no mostrar da ternura

E da boa ventura de um dia agradável

A palavra louvável no catre vazio

Do gesto macio que vigora recanto invisível

Desse poeta sensível de algum agir arredio

De um mero arrepio, do nosso amor invencível

Eu não sei d'onde esse rosto achega

Mas já descobri à quem esse rosto deseja... Você!

Tim Soares
Enviado por Tim Soares em 23/02/2015
Reeditado em 20/09/2021
Código do texto: T5147263
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